Jornal nº 0006 - Ano I - Fevereiro/2003

Você faria tudo por amor?

Muita gente por aí tem se deparado com esse tipo de questionamento. Amar, é sem dúvida, entrega. Mas isso não quer dizer necessariamente uma entrega absurda, sem limites e padrões. Veja só: recentemente, uma adolescente entrou em acordo com o namorado para matar os pais. Motivos aparentes: amor pelo namorado e herança dos pais.

Veja outra: Garota de 11 anos se apaixona perdidamente por um adulto e mantém o relacionamento em segredo, sabendo inclusive que ele estava noivo. Motivo: amor e medo. Consequência: condenada e presa pela cumplicidade na morte da “outra”.

Obviamente, são casos extremos, mas... será que estão tão distantes de nós? Não corremos risco? Pular barreiras e ignorar Deus é especialidade humana, e nós, humanos pecadores, se devidamente motivados para o mal “gostoso” ou apenas “divertido”, podemos chegar a esses extremos sim.

Bem, isso não acontece da noite para o dia. No caso dos crimes que mencionei, meses (ou mesmo anos) se passaram antes que os fatos ocorressem. Começaram com um envolvimento simples, amor apaixonado, corações ardentes.... As barreiras que são puladas “por amor”, no começo, são coisas simples.

Por exemplo: se comprometer nunca foi especialidade do gosto humano. Porque então, não “ficar” com aquela menina linda, que está dando bola? Se apaixonar desse jeito é fácil, e ainda mais fácil é descartar (ou ser descartado). Isso é amor?

Outro exemplo: Quem já não ouviu aquela frase “só continuo com você se a gente fizer sexo” Você faria tudo por amor? Que tipo de amor, afinal, é esse? É amor mesmo?

Existe um abismo gigantesco entre o amor bíblico e aquele que é pregado na televisão. A Bíblia diz que “o amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor” (NVI). Ele é diferente. O amor bíblico não procura prazer próprio. Ele procura o bem do outro, e não “tirar casquinhas”. O amor bíblico está em conformidade com a vontade de Deus. Amar do jeito que Deus quer não traz as consequências desastrosas que o amor que o mundo oferece. Muito pelo contrário: traz salvação e vida.

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (NVI)”.

Isso é amor. O resto é embalagem (não muito) parecida.

Rubens


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