Jornal nº 0002 - Ano I - Setembro/2002

Queremos mesmo chegar perto?

Um dos grandes desafios nos dias de hoje para a igreja evangélica, é se identificar como algo diferente dentro da sociedade. Mas... como ser diferente, se muitas vezes não sabemos nem direito no que cremos, ou nos esquecemos do que somos, e até muitas vezes, fazemos força para não sermos tão diferentes assim, para que as pessoas não achem que parecermos estranhos?

Sabe, passei por esse drama. Teve um tempo em que qualquer menção a crente tradicional, para mim, era quase que uma heresia. Fazia de tudo para que, ao menor questionamento do que eu podia ou não fazer, não ficassem dúvidas de que o crente podia tudo. Me esforcei muitas vezes em não ser careta, chegando ao ponto de fazer coisas que não devia. É óbvio que com o passar dos anos isso mudou um pouco. Não que eu admita o tradicionalismo dentro da igreja como algo bom. Para falar a verdade acho que tradição demais desgasta e acaba matando lentamente a igreja. Mas penso que devemos ser diferentes, sim! Nós temos a vida de Jesus. Não dá prá não ser diferente. Não dá prá ser igual ao mundo.

Veja: nós temos algo que o mundo busca desesperadamente: paz. Nós temos outra coisa também, que o mundo acha que tem: amor. Temos ainda algo que ninguém consegue por si mesmo: relacionamento com Deus.

Nosso Deus nos chama a repartir nossa vida com outras pessoas. O mundo está cheio de adolescentes vazios, sem rumo, sem propósito, que buscam muitas vezes, razão para suas vidas (ou mesmo tentam escapar da sua realidade) com cigarro, bebida, drogas e até prostituição. Nem sempre são pessoas fáceis de lidar, nem sempre são bonzinhos ou comportados, nem sempre bem vestidos e cheirosos, nem sempre amigos de todo mundo. Mas todos precisam de Jesus.

Estamos prontos para alcançá-los? Estamos prontos para acolhê-los entre nós? Estamos prontos para ajudá-los a acertar suas vidas junto às nossas? Abençoaremos essas vidas?

Espero que sim. Só assim, realmente, estaremos demonstrando nosso amor a Deus, razão de existirmos...

Rubens


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